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sábado, 24 de julho de 2010

Overdose

 

   Allan devia estar na quarta seringa de droga. Só que as drogas já não faziam o mesmo efeito de antes. O efeito de fazê-lo esquecer o que havia acontecido.
 Lana havia morrido.
  Lana havia morrido fugindo de carro com outro. Ela esquecera o quanto Allan a amava.
   Ela esquecera as juras de amor, os beijos, as confidências. Ela se esquecera daquela noite incrível com Allan. Os seus corpos se encaixavam perfeitamente, com uma sintonia sincronizada. E desde a trágica morte de Lana, Allan largou sua vida e se viciou em drogas e perambulava sozinho, sem rumo e chorando desconsoladamente.
 Lana estava grávida.
  Allan perdera o amor de sua vida e seu filhinho - que mesmo não existindo, ele amava demasiadamente. As drogas eram uma saída de emergência para o esquecimento dos fatos e de todo o amor que ele sentia por um cadáver frio e sem vida.
     Allan sentou-se na sarjeta e sentiu a droga fazendo efeito e correndo pela sua corrente sanguínea. A droga estava afetando o seu cerébro e fazendo o efeito do "esquecimento". Ele adormeceu e um clarão invadiu o escuro de seu sono. De súbito, vindo na direção de Allan, surgiu uma silhueta familiar com cabelos vermelhos como fogo e olhos azuis como o oceano e uma barriga redonda saliente.
Era Lana.
 Ela estava mais deslumbrante que nunca. Ela estendeu a mão a Allan. Allan sorriu e tocou aquela mão macia e quente. Ele a perdoou pois a amava. Ela sussurrou algo em seu ouvido, ele assentiu com a cabeça e deu um sorriso. E de mãos dadas partiram em direção ao clarão.  No dia seguinte, um corpo frio, pálido e sem vida foi encontrado na sarjeta. Allan morrera mas estava com um sorriso nos lábios.
 "Para sempre e sempre. Até na morte." Lana tinha lhe sussurrado ao ouvido.


Na sintonia de: Jonas Brothers - Shelf ♪

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