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domingo, 30 de setembro de 2012

Carpe diem, meu amor!


"Gosto da tua voz ao telefone, ao pé do ouvido, na gravação daquele vídeo. Gosto de cada bobagem que nos faz rir, do papo cabeça antes de dormir, da poesia inaugurando o dia, gosto dessas nossas sintonias."

    A madrugada terminava e dava lugar ao sol que despontava em algum lugar. Eu não dormi a noite inteira, diferentemente de Coralina que dormira encostada em meu peito. Seu cabelo cor de fogo longo estava espalhado pela cama. Eu sei que é clichê mas eu nunca estive tão perto de uma menina assim e Coralina... bem, Coralina me deixava louco!
    Coralina pedira pra eu cantar pois ela estava com dificuldade para dormir. Foi assim que ela deitou no meu peito e pediu que eu cantasse. Eu disse que não sabia cantar e para confirmar tal argumento, disse que desafinava até falando mas isso só a fez dar aquele sorriso lindo e dizer que não se importava, que era só pra eu cantar o refrão de sua música preferida bem baixinho mesmo e que não importava se eu sabia cantar ou não, Coralina disse que o que vale sempre é a intenção. Como percebi que Coralina não dormiria se eu não cantasse, resolvi cantar do jeito que eu sabia e mesmo me enrolando na letra, não precisou que eu cantasse por muito tempo para que ela dormisse. 
      Fiquei acordado pensando em tudo que estava acontecendo, em como eu era sortudo por estar na companhia de uma menina tão bonita e reparando nos detalhes de Coralina. Percebi que Coralina dorme com a boca ligeiramente entreaberta e percebi também que ela sussurrou meu nome enquanto dormia. Sorri com isso. 
        Deitado ali no escuro, sentindo o cheiro de flores silvestres que vinha de Coralina, eu percebi que eu não queria que aquele momento nunca acabasse. Quer dizer, eu sei que uma hora ia acabar mas se as horas pudessem passar lentamente, eu não iria reclamar. Quer dizer, eu não sei... eu não sei o que eu estou sentindo! A partir do momento que eu vi o sol despontando pela janela, senti uma sensação horrível. Eu não queria deixar Coralina. É isso! Eu não queria deixar Coralina! Eu queria abraçá-la, queria passar minhas mãos nos cabelos dela, eu queria beijá-la! Tudo o que eu mais queria agora era beijar os lábios de Coralina. Eu queria tanto que ela soubesse o que eu sinto... 
       Olhando pela fresta da janela, percebi que a madrugada virou dia e eu, tão absorto em pensamentos, não percebi que Coralina acordara e olhando fixamente para mim, abrira seu lindo sorriso. 
        - Bruno? - sussurrou Coralina
        - Bom dia, Coralina! Dormiu bem? - respondi e torcia para que ela não notasse na minha voz, um traço de desejo
        - Bruno, chega mais perto?
        - Coralina, não dá. Preciso ir embora... Você sabe que o ônibus demor...
       Não me pergunte mais nada sobre esse momento pois eu só lembro de Coralina me calando com um beijo. 

Na sintonia de: Human Nature - Michael Jackson 

2 pessoas "cronicaram" para mim!:

Unknown disse...

Adorei seus textos,vou sempre passar por aqui!

beijos

Victória Costa Castro disse...

Obrigada Jéssica! Também adoro seu blog *-*

Beijos

 
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